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Deserto

Certo dia sonhei que estava perambulando por um vasto deserto, uma imensidão de terras distantes, sem um mínimo de noção lógica, parti para uma aventura sem fim existente, nunca pensei nas conseqüências reais de tal ato. Mas um desejo tão forte e potente me puxava para aquela cena de inteira solidão tão forte e intensa que inundava minha alma com uma injeção letal de vazio bizarro.

A noite escura, não tinha sombra, nem uma ponta de sol, apenas um mar infinito, as pernas continuavam, o coração ainda pulsava firme, inteiramente focado no seu objetivo vital. Mas minha mente me traia com todas as forças possíveis, ela me mandava parar, agachar e desistir , um objetivo perdido, uma missão em declínio, aquele cenário tristemente montado me destruía por dentro. Um inferno queimava em algum lugar dentro de mim, ardia feito fogo, algo me pedia para não prosseguir, já era tarde para avançar.

As vezes a mente te engana, te faz pensar diferente, atira você em lugares sem volta, mexe com você de formas desconhecidas, momentos, convicções, realidades. Quanto vale pensar que tudo permanece na mais perfeita resolução criativa, o senso de realidade talvez não te dá uma dimensão correta do real, do proporcional, da existência fatorial. Medidas extremas de anseio desconstrutivo reagem dentro de nós, clamam por um momento de liberdade, anseiam por explodirem tão intensamente, conquistarem todos os recantos existentes em ti. Destruindo todo o escopo estático e imoral ali presente, toda a gama de emoções das mais variadas considerações reagem quase que instataneamente mexendo com todo o seu corpo, os órgãos, as células, comumente os átomos que se sentem incomodados com tal reação improvável.

Sim, o caos, desde tempos passados os teóricos já alertavam sobre as periculisidades de tais palavras montadas com um fim específico destrutivo. O  C-A-O-S, a humanidade treme diante de tantas definições obscuras a respeito de suas origens, as vezes ele vem acompanhado de seus fieis amigos, sujeitos arruaceiros que não desgrudam de um belo recanto de prazer para finalizarem seus objetivos mundanos, a destruição nasce da terra, constrói o nada, destruindo o tudo, o sólido, o pertinente,mas não obstante, outro indivíduo, renasce, não tanto menos letal, o medo, aterroriza de uma forma jamais vista, modifica, umidifica, simplifica, em uma só sensação, um terror único e imortal, espalha em ti todas as prerrogativas caóticas possíveis, te faz um menino pequeno e incapaz diante de uma imensidão tão larga e abrangente de temor. Não se esqueça, é caos, mas tudo bem, tudo bem…

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